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Eixo Temático 4 - Comunidades Educativas

Num tempo marcado pela competitividade, individualismo e foco na performatividade, a apologia de uma educação democrática e inclusiva prefigura-se como bastião cultural, que importa desenvolver e sedimentar nos diferentes contextos sociais e educativos. No mesmo sentido, as “comunidades educativas” ressurgem como contraponto e alternativa, ao valorizarem a construção de um ecossistema colaborativo, assente na participação ativa de
todos na construção do bem-comum. Mesmo que subordinadas a uma administração centralizada, as organizações escolares são desafiadas a repensar a sua ação num contexto de cooperação e articulação com diferentes e novos parceiros, em diversos espaços-tempo educativos. As ideias de território, identidade e cidade educativa ganham (nova) centralidade, ainda que em tensão permanente com a fragmentação das dinâmicas sociais e educativas. O reforço do poder dos municípios, das famílias e das instituições (económicas, artísticas, desportivas e culturais), constituem sinais de mudança na regulação da educação no panorama português. Neste contexto, as “comunidades educativas” conquistam um novo e alargado valor heurístico, abrindo-se a possibilidades interpretativas várias, que ora retomam a sua génese conceptual, ora a ajustam aos desafios do mundo contemporâneo. A investigação científica tem aqui um papel crucial na compreensão dos dilemas e desafios enfrentados atualmente no mundo da educação. Talvez o maior destes desafios seja a ultrapassagem de uma representação imaginada e fluída de “comunidades educativas” em direção à sua concretização como sujeito coletivo de práticas cidadãs.

Image by Edwin Andrade
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