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Avaliação dos docentes em debate: justiça, motivação e valorização em causa

A Bienal de Educação 2025 acolheu um dos temas mais sensíveis e controversos para a profissão docente: a avaliação dos professores. A mesa, moderada por Fátima Antunes (Universidade do Minho), reuniu Filinto Lima (ANDAEP), Hortense Santos (Agrupamento de Escolas Carlos Amarante – Braga) e Manuela Mendonça (Sindicato dos Professores do Norte), e trouxe ao centro do debate uma reflexão crítica e fundamentada sobre o regime atual de avaliação do desempenho docente.

Com perspetivas distintas, mas complementares, os intervenientes foram unânimes em afirmar que a avaliação dos professores não pode continuar a ser um fator de desmotivação, injustiça e desgaste profissional. Entre os temas discutidos estiveram as cotas que limitam o reconhecimento do mérito, as desigualdades entre regiões, a falta de transparência e a sobrecarga administrativa associada ao processo.

Manuela Mendonça destacou que a avaliação deve assumir um caráter formativo, integrado numa lógica de desenvolvimento profissional e coletivo, e não ser instrumento de competição ou penalização. Por sua vez, Filinto Lima sublinhou a necessidade de formação específica em liderança, gestão e legislação, alertando para o isolamento e a falta de apoio com que muitos diretores convivem. Hortense Santos, com experiência de vários mandatos como diretora, reforçou a importância de uma avaliação contextualizada e sensível às especificidades de cada escola.

A mesa terminou com um apelo claro: a valorização da profissão docente exige um novo modelo de avaliação – justo, formativo, simples e motivador – que reconheça o trabalho dos professores e contribua para a qualidade do serviço público de educação.

 
 
 

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